Peixe de 30 Kg é retirado da Lagoa Grande durante a despesca

Os peixes da Lagoa Grande são retirados do local para que as obras de desassoreamento sejam executadas. A diretoria municipal de Meio Ambiente concluiu o serviço de despesca e agora faz um levantamento com as espécies encontradas.

No entanto, o trabalho revelou uma surpresa: uma Pacu-caranha, de 32 quilos, foi capturada. O peixe foi levado para o UNIPAM e será objeto de estudo. A espécie é encontrada, comumente, no norte do país e seu peso chega, no máximo, a 25 quilos. 

Todos os peixes da Lagoa Grande forma catalogados. Na próxima quinta-feira, uma nova reunião da diretoria municipal de meio ambiente definirá o destino nas espécies encontradas.

Os peixes foram retirados pelos pescadores da Colônia de Pescadores.

Parte do site da matéria feita pela Prefeitura.

Na primeira etapa, foram retiradas várias espécies para análise, com intuito de viabilizar a soltura dos peixes e o consumo humano; através do resultado, viu-se a possibilidade de liberá-los na natureza. Na segunda fase foi feito um inventário da Lagoa, que é condicionante para depois solicitar a licença para despesca final. E agora, mais espécies estão sendo retiradas.

De acordo com a bióloga Eni Amaral, um estudo com uma amostra das espécies presentes na Lagoa será apresentado ao Instituto Estadual de Florestas (IEF), com o propósito de conseguir a licença. O objetivo é salvar os peixes nativos para reintroduzi-los no rio Paranaíba e destinar os exóticos para pesquisa no Centro Universitário de Patos de Minas – Unipam.

Um exemplar de cada espécie será depositado em caráter permanente no laboratório de Zoologia do Unipam, que servirá de material testemunho, deixando registrada a existência delas naquele ambiente.

Uma vez que é crime ambiental soltar as exóticas em curso d’água natural, e a Vigilância Sanitária não autoriza o consumo, elas serão eutanasiadas de forma correta e encaminhadas para pesquisa e aulas práticas.

Assim que forem retiradas da Lagoa, as espécies serão colocadas em tanques com água do próprio lago, para evitar o choque térmico sendo transportadas até o laboratório onde será dissolvido um anestésico na água, provocando um estado de dormência e após este período os peixes receberão um choque térmico com água a uma temperatura de 3 graus negativos.

De acordo Ana Maria Rodrigues, funcionária do laboratório do Unipam, finalizado tal procedimento elas morrerão e será feita uma impregnação com formol naquelas que serão conservadas. “As excedentes serão destinadas para aulas práticas dos cursos de biologia”, explicou.

Já as espécies nativas da bacia do Rio Paranaíba serão devolvidas ao ambiente natural. Um monitoramento continuará sendo feito na Lagoa e se houver a necessidade de retirar toda água para as obras, todos os peixes serão capturados.

Para isso será observada diariamente a evaporação de água e a diminuição do oxigênio.