Transexual patense tenta superar preconceitos e entrar no mercado de trabalho.

Conseguir um emprego formal no mercado de trabalho é um desafio para a maioria dos brasileiros. Mas essa situação se agrava muito para os transexuais e travestis. Segundo dados da ANTRA (Associação Nacional de Travestis e Transexuais), 90% dos travestis acabam tendo que recorrer a prostituição para sobreviver. Além disso, a discriminação também faz com que 82% das mulheres travestis e transexuais abandonem a escola, outro fator que dificulta a inserção no mercado de trabalho.

Para quem vive nessa situação, mudar a realidade parece uma missão quase impossível, porém, uma transexual patense está disposta a superar os desafios e trilhar um caminho diferente de tantas outras. Laysla, de 23 anos, entrou em contato com a equipe do Patos Agora fazendo um apelo para conseguir um emprego formal.

Laysla conta que já se mudou de Patos de Minas em busca de emprego, porém não se estabilizou em outra cidade. Ao voltar para sua terra natal a situação não se mostrou diferente, e há três anos tenta encontrar uma colocação. “Já fiz diversas entrevistas e sempre não obtive respostas, não tenho renda fixa e estou dependendo dos meus pais”, contou. Devido ao preconceito, muitas não contam nem mesmo com o apoio da família.

Laysla também enfrenta um processo na justiça para trocar seu nome de batismo. Ela acredita que a discordância entre o nome que aparece no RG e a realidade do seu corpo atrapalha ainda mais esse processo. “Estou na justiça para tentar trocar meu nome e o sexo, para talvez amenizar os transtornos que passei a vida inteira. Acho que atrapalha muito ainda ter em meus registros o nome e sexo masculino”, comentou a transexual.

Após três anos de tentativas de conseguir um emprego sem sucesso, a jovem acredita que com a divulgação consiga a oportunidade de realizar seu sonho e ter uma vida digna. Quem quiser dar uma oportunidade de emprego ou chamar para uma entrevista, o telefone da Layla é o 9 9649-2493.