Comerciários patenses podem ter reajuste de apenas 1%; sindicato da categoria diz que proposta é ridícula

As negociações para reajuste dos salários dos funcionários do comércio de Patos de Minas já começaram. Até o momento não houve acordo entre patrões e empregados. Uma nova reunião será marcada para que ambas as partes apresentem seus argumentos e propostas. No entanto, representantes dos comerciários estão irritados com as contrapropostas apresentadas pelo SINDCOMÉRCIO.

Em entrevista para a equipe da Rádio Clube, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio de Patos de Minas e Região (SINDEC), Ascendino César, afirmou que a proposta de reajuste salarial apresentada pelo sindicato patronal é “ridícula”. “Se eu fosse empresário do comércio estaria envergonhado com essa proposta. É inadmissível que isso aconteça; é desrespeitoso com os trabalhadores”, comentou.

A pedida do sindicato dos empregados foi de 8,41%, que segundo Ascendino, é uma margem flexível para negociação. “A contraproposta que recebemos é em torno de 1%, além de manter o piso salarial de 2017” explica o sindicalista. Outra questão polêmica da negociação é o trabalho nos feriados. Os representantes do SINDCOMÉRCIO querem menos feriados e mais trabalho, mas os trabalhadores rejeitaram a ideia. Segundo o presidente do SINDEC o intervalo dos funcionários do comércio também estaria ameaçado. “Eles querem 30 minutos de intervalo de alimentação, mas isso infelizmente é impossível; principalmente se o funcionário reside em um local distante do trabalho”, explica César.

Também em entrevista para a Rádio Clube, o presidente do SINDCOMÉRCIO Patos de Minas, Eduardo Soares, rebateu as críticas e afirmou que não há perda de direitos para os trabalhadores. “Como temos uma nova legislação trabalhista, isso traz um pouco de insegurança e ainda temos muitas coisas em discussão e pretendemos chegar a um acordo bom para os trabalhadores e também para os funcionários”, contou em entrevista. Sobre o trabalho nos feriados, Eduardo Soares defendeu a liberdade do trabalho, e a obediência as novas leis trabalhistas. “Temos uma lei trabalhista que garante os direitos do trabalhador e por isso não enxergamos dificuldade em se negociar isso. E não podemos cercear o empresário que produzir, que quer trabalhar”, disse.