Bancários de Patos de Minas e Região aprovam propostas e encerram a greve

Após 31 dias de greve em todo país, 13.159 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados paralisados com atividades paralisadas. Um número que representa 55% das agências de todo o país, foi realizada decima rodada de negociações, momento em que a Fenaban apresentou nova proposta para um acordo de 2 anos: reajuste em 2016 será de 8% mais abono de R$ 3.500. No vale-alimentação, o reajuste será de 15%; no vale-refeição e auxílio-creche babá, 10%. Para 2017, reposição total da inflação (INPC) e aumento real de 1%.

Em Assembleia Geral Extraordinária, realizada hoje, dia 06 de outubro de 2016, na sede do Sindicato, os bancários de Patos de Minas e Região deliberaram pela aceitação da nova proposta da Fenaban e também das propostas específicas do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, encerrando a greve em Patos de Minas e Região, com retorno das atividades a partir desta sexta-feira (07).

A nova proposta contempla o abono total dos dias de greve e a criação de um grupo de trabalho para analisar critérios de realocação e requalificação dos funcionários atingidos por processos de reestruturação tecnológica, cujas regras serão estabelecidas entre bancos e o Comando Nacional dos Bancários.

“Chegamos ao acordo possível nessa conjuntura de problemas na economia, tentativa de retirada de direitos dos trabalhadores, ameaça de privatizações, entrega do pré-sal, governo tentando desindexar a economia. Avaliamos que apesar dos bancos se recusarem a repor a inflação neste ano, é um avanço a correção de 15% no vale-alimentação e os aumentos maiores no vale-refeição e auxílio-creche babá. Mais importante ainda é o aumento real em 2017 e a garantia de todos os direitos da CCT e dos acordos específicos, afirma Ivan Gomes Caetano, presidente do Sindicato dos Bancários de Patos de Minas e Região.

“Parabenizamos a cada bancário que contribui com essa luta. Sua participação foi fundamental e decisiva para o fortalecimento da greve, a maior e mais forte dos últimos anos. Só a luta nos garantiu”, finaliza Ivan Gomes.